O PRIMEIRO LIVRO DE ARBITRAGEM DO KARATE


Capa do 1o  livro de arbitragem no Brasil
Ainda no ano de 1988, a CBK, em seu primeiro evento, participou do campeonato mundial de karate, na cidade do Cairo-Egito. Esse campeonato teve marco histórico porque colocava em prática a implantação das novas regras de competição voltadas exclusivamente a atender aos anseios de se tornar o karate uma modalidade olímpica. Tanto é verdade que naquele evento o Comitê Olímpico Internacional - COI enviou observadores. 
           
Durante o campeonato, tive a oportunidade de conversar pessoalmente com um deles para me inteirar das verdadeiras chances do karate se tornar uma modalidade olímpica, e ele me disse: “é do conhecimento do Comitê Olímpico Internacional que a popularidade do karate cresce vertiginosamente em todos os continentes, como exemplo posso citar o seu próprio país, o Brasil; sabemos que lá o karate é o segundo esporte que mais cresce, ficando somente atrás do futebol. Quanto à performance dos atletas posso destacar como excelente, mas o karate precisa antes de tudo conseguir sua unificação para superar as demais exigências do COI”, disse  o observador.
          
Pela primeira vez, nos combates foi exigido o uso de protetores de mão e de boca para atender as primeiras exigências daquele Comitê. Nesse Campeonato Mundial participei do curso de arbitragem que me capacitou, ao regressar ao Brasil, a escrever um livro que serviria de fonte de pesquisa para os árbitros brasileiros.
          
Foi aí que o presidente da Confederação Brasileira de Karate (CBK) resolveu apoiar e patrocinar a edição deste livro que serviria de instrumento para o quadro de árbitros da CBK. Esse livro teve uma aceitação maciça em todo o Brasil e serviu de inspiração para o professor Takashi Shimo a escrever também um livro tratando do mesmo tema, ou seja, as regras da arbitragem no karate.  Antes de editar seu livro o professor Takashi me procurou para saber se seria prudente lançar no mercado mais um livro de arbitragem e eu disse a ele que o momento era oportuno, pois meu livro já estava prestes a esgotar sua primeira edição e eu não pretendia lançar outra.