O KARATE INCENTIVOU ALUNOS A TER NOTAS ALTAS NAS ESCOLAS


                                                                                           
 
Luiz Ernane Ribeiro e alunos do Colégio Militar de Belo Horizonte

         É oportuno esclarecer que, na década de 80, a popularidade do karate  crescia tanto que o seu controle se tornava cada vez mais difícil, chegando ao público brasileiro  a péssima interpretação  de que os praticantes desta arte marcial eram pessoas ignorantes, sem cultura e sem a mínima condição de se integrar à sociedade. Para sair desse universo resolvi, paralelamente à carreira militar, voltar aos bancos escolares e acabei me formando nos cursos de engenharia-mecânica  e educação física na Federal de Minas  Gerais. Depois de concluir esses cursos de nível superior a diferença foi visível, não só no crescimento das matrículas na minha academia como também na minha ascensão aos cargos de direção no karate brasileiro.

 O incentivo aos praticantes de karate a ter notas altas nas matérias curriculares nas escolas começou no Colégio Militar de Belo Horizonte, onde recebi orientação expressa para somente aceitar como aluno de karate aqueles cujas notas fossem as mais altas. Tanto é verdade que o coronel-aluno, ou seja, o primeiro colocado no universo de todo o Colégio Militar, era também o mais graduado no curso de karate, galgando a faixa-preta. Por essa razão os alunos se dedicavam ainda mais aos estudos para atingir as notas mais altas nas matérias curriculares e com isso serem também premiados  na elevação de suas graduações  no curso de karate