A MINHA OPÇÃO PARA PRATICAR O KARATE FOI SEQUENCIAL



Diploma de 9º Dan-Internacional

Aos 15 anos de idade, participei pela primeira vez de uma luta livre profissional em um circo armado numa cidade do interior de Goiás. Anos depois, na cidade de Campo Grande, deixei a luta livre e comecei a praticar o jiu-jitsu, que por sorte tive como professor um discípulo do mestre Helio Gracie, o patriarca do jiu-jitsu no Brasil. Quando fui morar na cidade de Belo Horizonte comecei meus primeiros passos no karate com o mestre Akyo Yokoyama. Depois quando fui residir em São Paulo tive de mudar de estilo porque aquele que eu praticava em Minas Gerais não foi possível dar prosseguimento.

Entre tantos mestres, identifiquei-me com o estilo praticado pelo mestre Yoshihide Shinzato, que me acolheu em sua academia respeitando a minha graduação da época. Paralelamente à prática do karate iniciei no tae kon-do, porque acabara de chegar ao Brasil o mestre Sang Mi Sho, que escolheu o quartel do Exército onde coincidentemente eu trabalhava, para implantar esta arte marcial coreana.

 Por já ser graduado na faixa preta- 4ºDan de karate, o mestre Sang Mi Sho me designou como seu auxiliar direto para as aulas dos oficiais e dos sargentos. Em razão disso e com o passar do tempo ele foi me graduando e repassando técnicas avançadas para que eu no futuro viesse substituí-lo como professor naquela unidade militar.

Anos mais tarde fui transferido novamente para Belo Horizonte e devido a tantos conhecimentos adquiridos em outras artes marciais como também em outros estilos de karate, resolvi prosseguir sozinho no karate, buscando os cursos de aperfeiçoamento técnico independentemente de mestres e estilos, como estes ministrados pelos seguintes mestres: Hidetaka Nishiyama (aluno de Ginchin Funakoshi, o fundador do karate);Masatoshi Nakayama (aluno de Ginchin Funakoshi); Teruyuki Okazaki (aluno de Ginchin Funakoshi); Fusajiro Takagi (Diretor Geral da WUKO – UniãoMundial das Organizações de Karate); Hirokazu Kanazawa (presidente da Federação Internacional de Karate Shotokan); Katsuya Miyahira (presidente mundial do estilo Shorin-Ryu Karate); e com os mestres residentes no Brasil Juichi Sagara, Sadamu Uriu, Takeo Suzuki, Ryuzo Watanabe, Yoshihide Shinzato e outros.

Com os conhecimentos adquiridos nesses cursos técnicos busquei as entidades legalmente constituídas para auferir minhas graduações, que me promoveram ao 9º Dan. Esta graduação coloco como secundária, diante do meu 7º Dan reconhecido pela Nihon Karate Kyokai (Associação Japonesa de Karate), uma vez que esta instituição tem notoriedade em qualquer parte do mundo.       
                                      
         Participei de campeonatos de karate aqui no Brasil e também na Argentina, Paraguai, Chile, Venezuela, Costa Rica, Curaçao, Porto Rico, México, Estados Unidos, Canadá, Egito, Hungria, Ucrânia (antiga União Soviética) e Japão. De todos esses campeonatos o destaque fica em Buenos Aires, Argentina, de onde conseguimos sair com o título de campeão mundial.                                                                                                                                             
         Das funções que desempenhei, a que reputo de grande importância, foi a de viajar por todo o Brasil para fiscalizar o cumprimento das normas padronizadas para exames de faixas- pretas, de acordo com a Consolidação das Leis do Karate (CLK), pois como relator dessas leis o trabalho estaria bastante simplificado e transparente. Ainda nessas viagens acumulava-se também a incumbência de qualificar e classificar os árbitros para compor o quadro nacional de arbitragem da CBK, até porque como autor do livro de regras de arbitragem, esse trabalho teria uma credibilidade inquestionável. Posso destacar como função mais significativa foi a de ser designado como instrutor para ensinar o karate nas Forças Especiais do Exército, oportunidade única para aplicar todos os meus conhecimentos adquiridos ao longo dos anos.